Adriano Correia de Oliveira, nascido no Porto a 9 de Abril de 1942, deixou-nos muito cedo, aos 40 anos.
A sua vida foi breve, mas, não foi em vão. Entre 1960 e 1980, gravou mais de 90 temas, sendo a sua música sempre repleta de muita emotividade, evidenciando dedicação aos trabalhadores, ao povo, aos ideais da liberdade, da democracia e do socialismo.
Morreu em Avintes, localidade que o viu crescer, a 16 de Outubro de 1982.
No dia 16, vamos congregar esforços, para ouvirmos a sua voz nos blogs ?
Sugiro que "toquemos" todos :
"A fala do homem nascido"
Venho da terra assombrada
do ventre de minha mãe
não pretendo roubar nada
nem fazer mal a ninguém.
Só quero o que me é devido,
por me trazerem aqui,
que eu nem sequer fui ouvido
no acto de que nasci.
Trago boca pra comer
e olhos pra desejar
tenho pressa de viver
que a vida é água a correr.
Tenho pressa de viver
que a vida é água a correr.
Venho do fundo do tempo
não tenho tempo a perder.
Minha barca aparelhada
solta o pano rumo ao norte,
meu desejo é passaporte
para a fronteira fechada.
Não há ventos que não prestem,
nem marés que não convenham,
nem forças que me molestem
correntes que me detenham.
Quero eu e a natureza
que a natureza sou eu
e as forças da natureza
nunca ninguém as venceu.
Com licença com licença
que a barca se fez ao mar,
não há poder que me vença
mesmo morto hei-de passar.
Não há poder que me vença
mesmo morto hei-de passar.
com licença com licença
com rumo à estrela polar.
António Gedeão
Colabora reforçando assim a presença do nosso Adriano!
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14 outubro, 2007
Reviver Adriano
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3 comentários:
ADRIANO, SEMPRE!!
Contactemos todas as emissoras radiofónicas, por email, telefone ou por qualquer outro meio pedindo que passem as canções deste grande Homem de Abril.
PARA QUE NÃO SE APAGUE A MEMÓRIA!!!
Amanhã, dia 16, às 11H30, há uma romagem ao túmulo de Adriano, no cemitério de Avintes.
"(...)
triste destino o destino
da gente do meu país
(...)" Adriano
http://natura.di.uminho.pt/~jj/musica/html/fadosDeCoimbra-patria.html
Bjo Kaos
Recordando um combatente pela LIBERDADE !
Adriano
Não era só a voz o som a oitava
Que ele queria sempre mais acima
Nem sequer a palavra que nos dava
Restituída ao tom de cada rima.
Era a tristeza dentro da alegria
Era um fundo de festa na amargura
E a quase insuportável nostalgia
Que trazia por dentro da ternura.
O corpo grande e a alma de menino
Trazia no olhar aquele assombro
De quem queria caber e não cabia.
Os pés fora do berço e do destino
Pediu uma cerveja e poesia
E foi-se embora de viola ao ombro.
(Soneto de Manuel Alegre)
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